De fato, como diz o cantor Roberto Carlos, são tantas emoções que é difícil demais descrever esse sentir. Eu sou brasileira, e não tem como não sofrer mais ao ver o Brasil desmoronando, caindo em erros tão já conhecidos, trazendo à tona a nossa sombra, e não a nossa luz. Quanta luz e quanta sombra o covid nos deixa. Agora escrevo, e nos vejo novamente confinados, em Portugal já há quase dois meses, alguns países na transição para o desconfinamento e outros, como o Brasil, confinando novamente. Aonde vai parar tudo isso? Para onde vamos? Onde tudo isso está nos levando? Acho que essa é a pergunta que fica. As palavras que ressoam RESILIÊNCIA e RESISTÊNCIA. Estamos todos no mesmo mar, apesar de estarmos em diferentes embarcações, alguns surfando em pranchas de isopor e outros assistindo de seu iate, e assim é a vida. Não existe mundo igualitário, nem acredito nele, mas acredito num mundo mais justo, não só acredito, como uma das coisas que me move na vida é a JUSTIÇA.
Espero mesmo que o mundo floresça
Que a natureza nos ensine sempre com seus ritmos e sua força, a importância da delicadeza e da bondade. Que possamos sim acreditar sempre num mundo melhor.
Reconheço o caos, reconheço a dor, reconheço e valido o processo de cada um neste um ano de muitas incertezas. Talvez muitos de nós só tenham entrado verdadeiramente em contato com a profunda falta de controle da vida, neste decorrer pandêmico.
Se tem algo que este vírus nos convida a fazer é, viver um dia após o outro.
Acho que nem no meu pior pesadelo havia imaginado uma situação mundial assim.
Mas assim é, “A vida como ela é”, e mais do que nunca, qual a vida que queremos ter?
Tempo de balanço
Tempo de exaustão
Tempo também de reconexão
Que possamos abraçar nossas sombras e fazer reluzir nossa luz e a luz que há no mundo, eu ainda acredito!
Até breve!
Paula Cury
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